07dez

EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) em português, Dessensibilização e Reprocessamento através dos Movimentos Oculares. A técnica foi descoberta pela psicóloga americana Francine Shapiro. Ela diz que, se pudesse recomeçar simplificaria chamando de Terapia de Reprocessamento, porque hoje o movimento dos olhos é apenas uma parte de algo bem mais complexo. Porém, acabou se tornando mundialmente conhecido como EMDR e isto ajuda a garantir a integridade do método. 

Novo método de terapia específico, que age tanto como psicoterapia quanto como parte integrante de processos psicoterapêuticos, beneficiando portadores de estresse pós traumático, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, transtornos dissociativos e alguns tipos de depressão. Ajuda também a promover a melhoria do desempenho profissional, artístico e criativo.

Em termos metafóricos, podemos pensar no mecanismo de processamento como se tratasse de “digerir”” a informação que foi registrada de maneira disfuncional (errada) no cérebro-mente, ou seja o cérebro-mente descarta o que não é útil, enfraquecendo as velhas conexões neurais, fortalecendo e criando nova rede neural adaptativa onde o cérebro ressignifica a experiência traumática para que possa ser utilizada de maneira saudável e enriquecedora para a vida. 

Os tratamentos com EMDR demonstram uma progressão acelerada em direção a saúde despertando emoções positivas e elevando a autoestima.

 

Quando alguém vivencia um trauma psicológico grave, parece ocorrer um desequilíbrio no sistema nervoso, causado talvez por alterações nos neurotransmissores, na adrenalina e assim por diante. Devido a tal desequilíbrio, o sistema torna-se incapaz de funcionar saudavelmente, e a informação adquirida no momento do evento – incluindo imagens, sons, afeto e sensações físicas- é mantida neurologicamente em seu estado perturbador. O material processado continua a ser inflamado por uma variedade de estímulos internos e externos, expressando-se em forma de pesadelos, lembranças ruins e pensamentos intrusivos que são chamados de sintomas positivos do TEPT (Estresse pós traumático)

Através de estímulos alternados bilateralmente (movimento dos olhos, tapping ou som) feitos em séries, o nível de insights do cliente aumenta, consequentemente mudanças nas sensações físicas, emoções, pensamentos, imagens e sons começam a ocorrer para superar o trauma.

 Como funciona?

Após as questões trazidas pelo cliente e a avaliação, utilizamos um protocolo clínico com perguntas específicas. Durante as sessões movimentos bilaterais serão utilizados para ativar o sistema de processamento de informação do cérebro-mente, que é um processo natural e que movimenta a memória e os pensamentos intrusivos de modo disfuncional ou seja, patológico, para ajudá-lo a voltar a funcionar de modo saudável.

A melhora costuma ser rápida e é percebida em vários aspectos da vida. O cliente permanece no controle todo o tempo enquanto é guiado pelo terapeuta que sempre o apoia e o direciona para facilitar o processo de autocura. A interferência do terapeuta é mínima pois quem processa toda a informação através do cliente é o próprio cérebro-mente. Diferente de outras linhas de terapia que utilizam da verbalização de situações desagradáveis.

Quanto tempo de tratamento?

A duração do tratamento pode levar de 3 a 12 sessões quando é tratado um problema específico, se o cliente quer resolver um problema mais complexo que envolva várias áreas de sua vida pode levar alguns meses. Porém, para outros casos ainda mais complexos, que envolvam a psique, o tratamento será ou poderá exigir alguns anos de terapia. Dependerá do objetivo de cada cliente. 

As pessoas que passam pela experiência com EMDR, normalmente dizem ser uma terapia muito fortalecedora, rápida e natural.