TERAPIA DO ESQUEMA
TRATAMENTO DE DIVERSOS TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Terapia do esquema é um modelo de psicoterapia cognitivo desenvolvida por Jeffrey Young focalizado no tratamento de diversos transtornos de personalidade. A terapia do esquema tem por objetivo mudar a forma de encarar, interpretar e reagir aos estímulos, que ele chama de esquema. Segundo ele, os Esquemas Iniciais Desadaptativos são estabelecidos na infância a partir da relação da criança com os cuidadores e por terem sido eficazes em algumas situações são interpretados como eficazes em diversas outras situações persistindo até a idade adulta.
A primeira parte da terapia consiste em identificar esses esquemas iniciais desadaptativos, relacioná-los aos problemas do presente e a compreender as suas origens no passado. Para identificá-los, ele desenvolveu o Questionário de Esquemas de Young (YSQ) e o Inventario Parental de Esquemas (YPI). A segunda parte é a mudança de esquema, onde o paciente é estimulado ativamente a mudar seu esquema de pensamentos desadaptativos para algo mais saudável e eficiente usando registros de pensamento, imagens mentais e exemplos contextualizados às exigências atuais. Por fim, na terceira parte, envolve mudanças efetivas de comportamento a longo prazo. Conforme o tratamento avança, as sessões de terapia devem se tornar menos frequentes, passando de uma vez por semana para 15 em 15 dias, depois para uma vez por mês e, posteriormente, apenas caso haja recaídas mais graves.
Por envolver transtornos de personalidade, ela geralmente dura por volta de dois anos ou mais e é definida como mais difícil e cansativa do que tratar um transtorno agudo.
Os planos de tratamento em terapia de esquemas geralmente abrangem três classes básicas de técnicas: cognitiva, experimentais e comportamental (além dos componentes básicos de cura da relação terapêutica.
Estratégias cognitivas buscam expandir as técnicas padrão da Terapia Cognitivo-Comportamental como a lista prós e contras de um esquema, testar a validade de um esquema, ou a realização de um diálogo entre o “lado de esquema” e o “lado saudável”.
Estratégias experimentais são focadas em emoções que expandem o psicodrama terapêutico, padrão da Gestalt terapia e as técnicas de imagética.
E as estratégias comportamentais tratam da quebra de padrões comportamentais e expandem as técnicas padrão da TCC, como simular uma interação e, em seguida, atribuir a interação como lição de casa. Uma das técnicas mais centrais na terapia de esquemas é o uso da relação terapêutica, especificamente através de um processo chamado “reparação limitada”.
Técnicas específicas frequentemente usadas na terapia de esquemas incluem cartões flash com mensagens terapêuticas importantes, criadas em sessão e usadas pelo paciente entre as sessões, e o diário do esquema – um modelo ou pasta de trabalho que é preenchido pelo paciente entre as sessões e registra o progresso do paciente em relação a todos os conceitos teóricos da terapia de esquemas. (Fonte – Wikipédia)